quarta-feira, 24 de junho de 2009

texto dos ensaios


Tenho muitas dúvidas quando começo a imitar os trejeitos de Carmen Miranda, sinto-me ridícula, me critico, me julgo. Acho que nesse momento estou trazendo uma caricatura e nada de contribuição à cena.


Tenho certeza que com esse trabalho o que quero é despedir-me da solidão, que foi uma cara companheira, mas não a quero mais, embora reconheça tudo o que ela me trouxe. Para mim, Carmen ilustra a solidão de que falo.


Mostro dois momentos de sua vida e gostaria de colocar o meu corpo como um interlocutor. O primeiro, é de dor, anos 1940 quando surpresa, percebeu que não estava agradando certa plateia. O segundo momento, em plena Holywood, quando vive o esplendor de ser uma Diva estrangeira, com sotaque, de um lugar desconhecido e exótico: America do sul. A Carmen Miranda estrangeira. O que é ser estrangeira?É ser exótica a algum olhar?


Já não sei se foi Raul Seixas, ou Caetano, como ele afirma mas... " Sou estrangeira e sou brasileira."




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