Temo, ao dedicar-me a escrita, emudecer meu corpo.
Não considero-me uma bailarina virtuosa, minha virtude, se é que ela existe, é ter uma monstruosa capacidade de criar.
A minha raridade talvez seja a forma libidinosa como eu penso o estar no mundo.
Penso o mundo com a minha libido e tento transformar minhas fantasias em realidade.
Gosto de estar em Lisboa, olhar para a cidade e para o povo e pensar que são todos meus parentes. Temos o mesmo sobrenome e no fim, se quisermos, nos entendemos bem.
Sou e não sou portuguesa.