quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Crítica sobre Maria José em Santo Domingo

Helena Viera nos regaló una pieza performática. Vale decir, el tipo de ejecución que pudiera interpretar un actor de teatro físico, alguien sin entrenamiento en danza, pero dotado por la naturaleza para hacerla, o bien un bailarín de medianas condiciones. Hasta aquí la lista de prejuicios. Porque la intención de Helena Viera ha sido construir una historia «no danzada», colocada dentro del movimiento, pero haciendo uso del gesto mínimo, cotidiano.

Helena Viera con María José apuesta por lo orgánico, su acto reduce espacio y movimiento en reclamo de lo esencial, apelando a un público que no busca la espectacularidad. María José no es original, es alternativa. No gusta de la manera usual, porque propone otra manera de acercarse a la escena de la danza contemporánea. Tiene el discreto encanto de lo sencillo bien ejecutado, rehuyendo el virtuosismo. Talvez la intérprete debió aprovechar más su contacto directo con el público. Contrario a lo que escribió en su sinopsis, no se percibe el agotamiento. A María José se le puede reprochar su extensión. En menos tiempo hubiésemos disfrutado aun más esos movimientos eróticos, el acertado uso de la utilería, el desnudo discreto, su sonrisa cautivadora y contagiosa.

Essa foi a crítica de S Í N T E S I S
  • Jorge Mendoza, Crítica sobre EDANCO 2010. Site agenda Cultural Diaria do dia 6/10/2010
  • http://www.agendagraficadiaria.blogspot.com

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Maria José após Carmen


A primeira vez que fotografei para a divulgação de Maria José era 2005. Agora repito o trabalho levando-o à República Dominicana. Essa foto tirei durante os recentes ensaios, recuperei meu peso normal e ainda ganhei 3kg, sou muito feliz com minhas "gordurinhas" amais, não as quero perder mais!O que foi mais curioso foi repetir Maria José depois de Carmen, em que explodi com a feminilidade.

A Maria José de hoje tem curvas, é mais corpulenta, mais gorduras, é mais leve e intensificou a imagem de erotismo presente no trabalho.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

... e judia da europa central

Como trabalho falando de revolta, nada mais justo que me colocar nesses lugares: de palestina e de judia e...de mulher com cara de rapaz. Na tese de doutorado juntei três autores que carregam o sentido mais forte de revolta; Camus, militante político contrário à revolução comunista, Hannah Arendt, judia, contrária à formação de Israel e Nietzsche, filho de pastor luterano, revoltado com a moral cristã, principalmente a luterana.
Os três, para mim, representam a consciência aguda da revolta. Como podem ver, estou em boa companhia!
Como pensar em dissenso como fonte de criação?Segue link de artigo sobre o tema publicado em uma revista espanhola.
Revista Odá1007. junho-outubro 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010


Carmen: orgulhosa demais, frágil demais

A uma semana de estrear minha trilogia perdi 4 kilos. Não foram perdidos pelo excesso de ensaios ou de exercícios, comum para mim. Foram perdidos pela imensa tristeza que me tomou de assalto durante o mês de Março. De repente, em apenas um mês, vi meu corpo, que nunca foi grande e opulento, pequeno e frágil, muito mais frágil. O rosto afinou, os braços, as pernas e...minha tão adorada bunda se foi! Isso foi o que mais me chocou, juro. Pode parecer estranho dizer isso, mas é que não contamos com essa sorte por muito tempo durante a vida, ela irá naturalmente embora quando chegar a velhice, normal, não temo isso, mas não queria vê-la indo embora agora, mas enfim... ela se foi... ainda bem que foi eternizada nas fotos de Manuel Vason, pelo menos isso.
Quando recuperei-me da tristeza, fui aos poucos retomando a vida, comecei a ensaiar e vi que as roupas, a cotoveleira, tudo caia em mim, não via e não sentia, minha musculatura, olhava-me no espelho e via cada osso de meu esqueleto... foi então que tomei uma decisão: vou dançar meu corpo frágil! Sim, Carmen e Maria Callas, minhas ídalas, eram frágeis e ao mesmo tempo maravilhosas no palco.
A Carmen de que falo está frágil, assustada com as críticas recebidas em sua volta ao país, cansada de tanto trabalho e aberta ao amor... que nunca chegou...
Assim estarei em minha mais recente empreitada - frágil - por tudo que senti nos últimos meses e espero que a cena cresça com isso.

sexta-feira, 19 de março de 2010

À Simone

Apresentar os meus trabalhos no ano que completo 40 anos é emblemático. Não deveria mais falar em idade, não deveria falar em gênero...mas como não menciona-los se foram eles os temas que me levaram há exatos dez anos começar a criar? Meus solos durante essa década ajudaram-me imensamente a pensar em amor, casamento, plano de maternidade, trabalho, liberdade e autonomia, com todos seus paradoxos e ambiguidades. Sou grata a capacidade de criar para enfrentar os desafios.
O primeiro trabalho, Á Simone da bela Visão, de 2005 construi a partir da ida a uma consulta médica na qual decidiria se colocaria ou não seios de silicone, constatei perplexa que não conseguiria colocar em mim algo que não envelheceria comigo (veio a imagem de uma velhinha toda encurvada diante do espelho com um lindo par de seios durinhos, como de uma adolescente! Sai correndo do consultório).
No segundo, Maria José, 2007, estava conformada com a peculiaridade de meu corpo andrógino, em que a parte de cima é frágil e a de baixo forte e imponente. Construi esse solo a partir da força erótica das imagens midiáticas que povoam nosso mundo, ora nos ajudando ora nos oprimindo.
No terceiro e último solo, Carmen, 2009, me entreguei a força da graça e sensualidade de um estado feminino de ser, resolvi fazer "uma operação" e troquei meu "órgão masculino" (construído ao longo desses dez para sobreviver a luta pela conquista de espaços) tão forte em mim pelo feminino. Trabalhei com símbolos fetichistas não para critica-los ou nega-los, mas para me ajudar. Amei usa-los, me libertaram. Neste solo conheci Carmen Miranda, revistada pelos tropicalistas, e a elegi como símbolo dessa nova fase, anteriormente tinha as figuras feministas da escritora Simone de Beauvoir e a da cantora Madonna me auxiliando.
Encerro aqui esses temas para não correr o risco de utilizar a arte como substituição de poder.
Agradeço aos muitos amigos presentes nessa solitária trajetória.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Trilogia Gênero Teatro Sergio Porto


Ingressos: 10,00 e 5,00
Classificação: 14 anos
Fotos: Raquel Dias
Designer: Malu Cerqueira